Havia um menino chamado Bernardo; ele era de origem africana e na escola todos se riam e gozavam a cor da sua pele, dizendo:
-Ó Bernardo, o que é que te aconteceu? Estás todo torrado!
Ele ignorava, mas, no fundo, ficava muito triste; na escola eram todos brancos. Porque é que ele tinha que ser castanho?
Todos os dias era a mesma coisa! Ele ficava tão triste que, quando chegava a casa, deitava-se na cama e começava a chorar.
Certo dia, acordou bem disposto, nada podia estragar o seu dia, nem mesmo os parvos que gozavam com ele! Chegou à escola todo sorridente! É claro que começaram a gozar. Mas, cheio de confiança, o Bernardo respondeu:
-Sou castanho da cor do chocolate, vocês são da cor do leite, das vacas, daquelas que andam todas sujas, sabem?
A partir desse dia, mais ninguém gozou com ele, graças à sua coragem!
Já viram? Uma simples frase mudou o dia-a-dia do Bernardo.
Inês
A Cigarra e a Formiga
Era uma vez uma cigarra e uma formiga. A formiga, muito trabalhadora, procurava comida para, quando chegasse o Inverno, ter alimento. A cigarra era muito diferente, pois passava o Verão a cantar:
-Lá, lá, lá, lá...
A formiga, certo dia, perguntou:
-Cigarra, não trabalhas, nem procuras comida?!
-Não, estou a cantar – respondeu a cigarra.
-Ok – falou a formiga – mas depois não te queixes...
Passadas cerca de duas semanas, a formiga já tinha montes e montes de comida. Notava-se que era uma óptima trabalhadora, enquanto a cigarra não tinha nem um bocadinho de comida. A formiga ficou preocupada com a cigarra.
Passado algum tempo, a formiga já não ouvia a cigarra a cantar. A formiga pensou:
-O que terá acontecido à cigarra?
A formiga ouviu, enquanto pensava, um toque na sua campainha, e disse:
-Já vou!
Quando abriu a porta, ficou de boca aberta. A cigarra estava dentro de um Ferrari, vestida com roupas caríssimas. A cigarra explicou:
-Enquanto cantava, um caça–talentos adorou a minha voz e agora tenho montes de dinheiro.
Moral:
Por vezes, vale mais a pena não trabalhar, porque podemos ser recompensados por uma coisa que façamos bem.
Bruno Cancela
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