19 fevereiro 2010


Biodiversidade marinha da Antárctica ameaçada pelas alterações climáticas

(Jornal PÚBLICO)


Os cientistas já identificaram mais de seis mil espécies no fundo do mar na Antárctica. Um estudo alerta agora que este mundo aquático está prestes a mudar com o aquecimento global.
O impacto das alterações climáticas já está a fazer-se sentir no mundo aquático, numa das regiões do planeta que aquecem mais rapidamente. Por exemplo, as populações de Krill (os invertebrados que servem de alimento a pinguins, baleias e focas) estão a diminuir, como resultado de uma redução da cobertura de gelo no mar. As áreas antes ocupadas pelo Krill estão a ser invadidas por um crustáceo muito mais pequeno (copepods). Isto muda o equilíbrio da cadeia alimentar em benefício de predadores, como as alforrecas, que não são alimento de pinguins e outros animais.

Além disso, a redução da superfície de gelo no mar está a afectar os pinguins que se reproduzem no gelo. As regiões polares estão entre os locais do planeta que aquecem mais rapidamente e as previsões sugerem que, no futuro, iremos ter temperaturas mais elevadas nas águas de superfície, um aumento na acidificação dos oceanos e uma redução do gelo marítimo no Inverno.

Tudo isto tem um efeito directo na vida marinha. Os animais marinhos demoraram milhões de anos a adaptar-se às condições das águas da Antárctica e são extremamente sensíveis à mudança.

Os oceanos polares são ricos em biodiversidade. Se as espécies não puderem deslocar-se ou adaptar-se às novas condições, acabarão por morrer. A perda de uma única espécie é uma perda de diversidade global.


Por estes motivos, é importante que nos preocupemos em fazer deste planeta o nosso lar. E, já agora, deveríamos preocupar-nos em reciclar os diferentes materiais e poupar energia. Pequenos gestos que farão toda a diferença!

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