Pequenos e Criativos

Gondomar

As raízes de Gondomar perdem-se nas brumas da memória.
De acordo com estudiosos, a origem do nome Gondomar remonta a 610, altura em que por ali terá passado um rei visigodo de nome Flávio Gundemaros. Assim, o nome de “Gondomar” poderá derivar do sobrenome deste rei.

No entanto, há quem pense que o nome tem origem no suevo ynd, que significa “agradável, enfeitado, perfeito”, bem como na palavra meer que significa “o mais”.

Uma outra explicação possível para “Gondomar” baseia-se no facto de, em tempos, o Concelho de Gondomar ter integrado o Concelho de Aguiar de Sousa, sendo conhecido pela sua abundância em minas de ouro. Em suevo, o termo Guldmalm significa “mina de ouro”, termo esse que terá evoluído etimologicamente até se transformar em “Gondomar”.

De facto, ainda hoje o fabrico do ouro e filigrana é típico de Gondomar, valendo-lhe o epíteto de “Capital da Ourivesaria”.

O fabrico da filigrana remonta ao século VIII, existindo várias oficinas na freguesia que se dedicam a esta técnica.

Gondomar recebeu a sua Carta de Couto do rei Sancho I, a 5 de Abril de 1193:

«Eu, Sancho, por Graça de Deus Rei de Portugal, com a minha mulher a Rainha D. Dulce e os meus filhos e filhas, faço carta de Couto de Gondomar por inspirado amor de Deus e da Virgem Maria e por intervenção de D. Martinho, Bispo do Porto. (...) A primeira pedra foi situada na foz do rio Fonte Petrina onde entra no Douro. A segunda no local que é dito Paredes. A terceira no vértice do monte que é dito Teuvili. A quarta no topo do monte (de Teuvili) e pelas cortinis descendo à Fonte da Varzena indo até o Torviscarium, onde se situa a quinta (pedra). A sexta situa-se em Tiraz e vem até ao forno de Campianiania. A sétima na Tatela. A oitava no Porto da Serra. A nona no monte Quiemad. A décima na devesa onde está assente a antiga pedra do couto. (...) Foi feita esta carta em Coimbra, a cinco dias de Abril da Era MCCXXXI (ano de 1193).»